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terça-feira, 14 de agosto de 2007

•Cacau → Leonardo

A árvore que dá origem ao fruto chamado cacau, de nome científico Theobroma cacao, popularmente chamado de cacaueiro, cacau, árvore-da-vida, é da família Sterculiaceae, e sua origem da América Central e Brasil. Pode atingir até 6 metros de altura, possui duas fases de produção: temporão (março a agosto) e safra (setembro a fevereiro), a propagação é por sementes, e planta de clima quente e úmido, o solo ideal é o argilo-arenoso. Por ser uma planta umbrófila, vegeta bem em sub-bosques e matas raleadas sendo, portanto, uma cultura extremamente conservacionista de solos, fauna e flora. Pouco mecanizada, é uma cultura que proporciona um alto grau de geração de emprego. Encontrou no sul da Bahia um dos melhores solos e clima para a sua expansão.
O estado da Bahia é o maior produtor do Brasil, porém sua capacidade produtiva foi reduzida em até 60% com o advento da vassoura-de-bruxa, causada pelo fungo fitopatogênico Crinipellis perniciosa. O Brasil então passou do patamar de país exportador de cacau para importador, não sendo completamente auto-suficiente do produto.
Apesar da enfermidade, o cacau ainda se constitui numa grande alternativa econômica para o Sul da Bahia e possui na CEPLAC (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira) a sua base de pesquisa, educação e extensão rural. Com o apoio do órgão, cultivares clonais mais resistentes ao fungo têm sido introduzidas, porém uma alternativa de controle mais severo ao patógeno ainda se faz necessária. Esta alternativa pode vir futuramente com os resultados do Projeto Genoma Crinipellis perniciosa, que visa estudar o genoma do fungo e elaborar estratégias mais eficientes no seu controle biológico. É uma iniciativa da CEPLAC que conta com o apoio da EMBRAPA e de laboratórios em universidades da Bahia (UFBA, UESC e UEFS) e de São Paulo (UNICAMP).
É do cacau que se faz o chocolate através da moagem das suas amêndoas secas e moídas em processo industrial ou caseiro. Outros subprodutos do cacau incluem sua polpa, suco, geléia, destilados finos e sorvete.
Por ser plantado à sombra da floresta o cacau foi responsável pela preservação de grandes corredores de mata atlântica no sul do Estado da Bahia no Brasil.


Sementes de cacau no fruto
A fruta apresenta uma casca grossa e amarela quando madura, e precisa ser quebrada com alguma força para se abrir. Dentro, as sementes estão envolvidas por uma polpa branca de sabor ácido, aproveitada para doces e sucos. Das sementes, ou amêndoa, extrai-se o pó de cacau, de sabor amargo, que é a base para a confecção de chocolate. Para tanto, as amêndoas são secas, torradas e trituradas.
O cacau movimenta a economia da faixa originalmente de Mata Atlântica do litoral da Bahia, onde as árvores podem ser cultivadas sob a sombra das grandes árvores nativas. No entanto, um fungo conhecido como Vassoura-de-bruxa devastou as plantações nas últimas décadas, e a produção brasileira caiu de 470000 toneladas por ano para as atuais 120000 toneladas. Hoje o maior produtor mundial de cacau é a Costa do Marfim, com uma produção estimada em 1,3 milhões de toneladas em 2003/2004.

[editar] Curiosidades do cacau
O cacau era considerado pela civilização maia uma fruta dada diretamente pelos deuses aos homens. E, de tão importante, virou até moeda de troca. Nessa época na américa latina não se fazia do cacau o que conhecemos hoje como chocolate.
Atualmente, enquanto o chocolate movimenta globalmente uma economia de 60 bilhões de dólares/ano, os produtores de cacau ficam apenas com 3,3% da renda gerada.
Em Brasil, ele foi cultivado primeiramente na Amazônia, onde já existia em estado natural. Depois passou para o Pará e chegou à Bahia.
O Estado da Bahia produz cerca de 80% do cacau do Brasil (país cuja produção corresponde a mais ou menos 5% da mundial, sendo a Costa do Marfim o maior produtor do planeta, com aproximadamente 40% do total). A região cacaueira da Mata Atlântica, ambiente com recordes em biodiversidade no planeta, com 476 diferentes espécies vegetais por hectare, registrados pelo Jardim Botânico de Nova York, também pode ser chamada de Floresta de Chocolate.
Além de um bioma megadiverso em alto risco de extinção, a Mata Atlântica também é uma grife, um hot-spot do chocolate. As tradicionais fazendas de cacau, que hoje vendem o produto a cerca de 3 reais/kg, sem agregar valores, podem se transformar em Fazendas de Chocolate, gerando econegócios, rendas adicionais que ajudam a preservar a Floresta de Chocolate. O chocolate pode resgatar a floresta.
PNUD-Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, adotou o projeto Fazenda de Chocolate como integrante das Metas do Milênioda ONU

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cacau.

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